
UFCAT celebra o Dia dos Povos Indígenas com roda de conversa e exibição de filme
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Com o propósito de celebrar a diversidade cultural dos povos originários e contribuir para a preservação de sua cultura e história, a Universidade Federal de Catalão (UFCAT) promoveu nesta quinta-feira (24/04) o Dia dos Povos Indígenas na UFCAT , com o tema “Povos originários: das raízes ao futuro pela ancestralidade”.
Para contribuir com a reflexão sobre a luta contra preconceitos e ataques sofridos pelos povos indígenas brasileiros, foi realizada pela manhã uma roda de conversa sobre Decolonialidade Indígena, pensamento que considera que a sociedade foi construída a partir das violências do processo de colonização. Participaram das discussões o professor Leonilson Santos, da etnia Kanela e os estudantes Euzébio Wa Awe, da etnia Xavante e Raiane da Silva, da etnia XaKriabá. Durante a noite foi exibido o filme O coração da floresta, que mostra o trabalho dos irmãos Villas Bôas, no início do Parque Indígena do Xingu.
Durante a abertura do evento, a secretária de ações afirmativas, Eliane Justino, lembrou que os indígenas são os mais vulneráveis, mas não devem ser vistos apenas como vítimas, e sim como protagonistas, que podem ter a solução para problemas enfrentados pela sociedade. Já o coordenador de relações étnico-raciais, Anderson Silva, refletiu sobre o preconceitos contra os povos indígenas. O pró-reitor de graduação, Luíz do Carmo, representando a reitora da UFCAT, Roselma Lucchese, ressaltou a importância de compreender e apropriar a ideia de que os povos indígenas são, de fato, os fundadores de nossa nação.
Reflexões
Em sua fala, durante a roda de conversa, o professor Leonilson afirmou que colonialidade é o estabelecimento de um padrão, um controle de subjetividades e, por isso, é necessário que se pense de maneira articulada, onde todos estão autorizados a falar. A estudante Raiane lembrou alguns episódios vivenciados por ela e citou, como exemplo, as dúvidas suscitadas por outros estudantes a respeito do seu pertencimento à etnia indígena XaKriabá. Já o estudante Euzébio lamentou a ausência de mais professores e comunidade universitária no evento, e relatou as dificuldades de adaptação com a vida acadêmica e citou a importância de momentos como esse, voltados para ouvir as demandas dos estudantes indígenas.