
Acadêmicos/as do Curso de Educação Física da UFCAT são selecionados para atuar como monitores/as nas Paralimpíadas Escolares Nacionais
As Paralimpíadas Escolares Nacionais, que tiveram a sua primeira edição em 2009, são uma realização do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e do Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria Especial de Esporte (SEE), e têm por finalidade estimular a participação dos estudantes com deficiências físicas, visuais e intelectuais em atividades esportivas, promovendo ampla mobilização em torno do esporte.
A edição do evento deste ano ocorreu no Centro de Treinamento Paralímpico (CTP), no período de 27 de novembro a 02 de dezembro, na cidade de São Paulo, ocorrendo disputas em 13 modalidades. Segundo o diretor de Desenvolvimento Esportivo do CPB, Ramon Pereira, na edição 2023 da Paralimpíadas Escolares, consideradas o maior evento esportivo do mundo para jovens com deficiência em idade escolar, foi batido o recorde de participantes, com um total de 1.800 atletas, de 26 estados, mais o Distrito Federal, número esse que poderá ser superado em 2024.
Assim sendo, o trabalho de voluntários é essencial para a realização de grandes eventos. E, para as Paralimpíadas Escolares Nacionais não é diferente. Desse modo, para a realização do evento o CPB contou com a colaboração de monitores/as voluntários/as de todo o Brasil. Para os interessados/as em participar como voluntários/as era necessário ter idade mínima de 18 anos, não sendo obrigatório ter graduação, mas sendo um diferencial ser graduado nas áreas de Saúde, Educação Física e/ou Comunicação.
Assim, o CPB recebeu 338 inscrições dentre as quais 100 pessoas foram selecionadas e deste total 50 tiveram a oportunidade de atuar como monitores/as voluntários. Dentre estes 50 estavam 06 estudantes do Curso de Educação Física da Universidade Federal de Catalão (UFCAT), que fizeram inscrição e foram selecionados/as para integrar o time dos/as monitores/as: Beatriz Costa Batista, Fabiana Machado da Silva Guimarães, Jean Lucas Rodrigues da Silva, Josué Silva de Morais, Maria Eduarda Silva Melo e Vinícius Fernandes Amorim. Eles participam do Laboratório de Atividades Físicas Adaptadas e Grupos Especiais (LAFAGE) atuando nos projetos de extensão “Basquetebol em Cadeira de Rodas: Inclusão, Saúde e Cidadania” coordenado pela docente Lana Ferreira de Lima e “Implantação e Desenvolvimento do Projeto Rede de Apoio ao Paradesporto na UFCAT, no município de Catalão/GO”, coordenado pela docente Cristiane da Silva Santos.

Os/as estudantes do curso viajaram com a delegação de Goiás que foi composta por 131 integrantes e que conquistou 71 medalhas em 7 modalidades diferentes alcançando o 6º lugar no quadro geral da competição.
Durante uma semana os/as estudantes da UFCAT puderam participar do evento inicialmente fazendo uma visita técnica pelo CTP de referência no país e que serve para treinamentos, competições e intercâmbios de atletas e seleções. Participaram de uma reunião técnica com o supervisor de Desenvolvimento Esportivo do CPB (Felipe Barboza) e com o coordenador de voluntários (Henrique Valim) para ficarem a par do funcionamento do evento e puderam perceber a importância da participação dos voluntários na realização do evento e ainda qual seria a função a ser desempenhada por cada um/ao durante as paralimpíadas.
A participação no evento foi importante para os/as estudantes por ter lhes possibilitado a acesso a novas modalidades paralímpicas que até então não conheciam, bem como para conhecer espaços e equipamentos específicos aos quais não tinham acesso. Durante o evento puderam aprender com técnicos, árbitros, professores, fisioterapeutas, voluntários, atletas e familiares de todo o Brasil. E, tiveram acesso, ainda, a atletas com deficiência que representaram o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos, que em 2023 ocorreram em Santiago-Chile.
Importante destacar ainda a participação da estudante Fabiana Machado da Silva Guimarães na equipe de arbitragem da bocha paralimpíca, experiência que serviu para que pudesse ser avaliada e convidada para competições futuras.

Essa experiência proporcionou aos/às estudantes da UFCAT compreenderem que as Paralimpíadas agregam não só na formação técnica profissional, mas também na formação humana, pois puderam presenciar um clima de respeito entre os atletas das diferentes delegações, famílias e comissão organizadora do evento. Além disso, perceberam que a oportunidade de vivenciar o esporte, enquanto um direito social viabiliza que a pessoa com deficiência se sinta de alguma forma como cidadão que possui objetivos de vida e direitos que podem ser usufruídos e, também, que seja vista pelo seu desempenho e capacidade de realização, e não apenas pela diferença que possui.